A cena se repetiu pela quarta vez seguida nesta Copa do Mundo. Segundo tempo contra o Paraguai, sobe a placa de substituição e Fernando Torres sai cabisbaixo, desanimado. Antes disso, na estreia, ele entrou na etapa final e pouco fez na derrota para a Suíça. Em cinco jogos, o desempenho de um dos símbolos da Fúria não é nada satisfatório. Nenhuma boa partida, nenhum gol, lances sempre incompletos e críticas de parte da mídia espanhola.
Ninguém duvida do talento de Torres, mas as dúvidas são sobre suas condições físicas. O centroavante do Liverpool operou o joelho em abril e desde então não conseguiu reeditar grandes atuações com a camisa espanhola. Mesmo assim, o técnico Vicente Del Bosque o elogiou após a partida contra o Paraguai e praticamente já o escalou para o duelo contra a Alemanha, pela semifinal, na quarta-feira.
- Ele está bem fisicamente, acho que o problema é que, contra o Paraguai, a equipe não fez uma grande partida. Isso o prejudicou. Mas estamos contentes com seu rendimento, com seu comportamento, e esperamos uma boa atuação na próxima partida - avaliou o treinador, que, neste sábado, lançou Fabregas no lugar do camisa 9.
Torres não disputou os 90 minutos de nenhuma partida nesta Copa. O fraco desempenho dele torna-se ainda mais visível porque é naturalmente comparado com o de seu companheiro de ataque, David Villa, artilheiro da Copa com cinco gols. Na próxima quarta-feira, no entanto, o futebol dará a Torres a chance de renascer justamente contra o adversário que o consagrou. Duelo contra a mesma Alemanha, rival em que ele marcou o gol do título da Eurocopa de 2008.